“Quando recebi o convite para escrever a partir de um mapa, pensei logo em escrever sobre uma entrada falsa, algum lugar que existisse apenas em um mapa, mas não no lugar real que o mapa representa. Pesquisando na internet, logo descobri sobre paper towns ou cidades inventadas em mapas rodoviários com a finalidade de desmascarar plágios. Com mais um pouco de pesquisa cheguei às ilhas fantasmas e alguns pdfs. Daí até chegar às aventuras dos irmãos Zeno e ao mapa encontrado séculos depois por seu descendente foi um pulo e a aventura através dos hiperlinks foi levando a personagens, lugares e histórias de Era uma vez no Atlântico Norte. Tendo encontrado a história e os personagens, fui lendo seus respectivos verbetes na Wikipedia nos diversos idiomas disponíveis, encontrando sempre algumas curiosidades, como a história do quadro perdido de Ticiano, no verbete em italiano sobre o novo Nicolò Zeno, por exemplo. Já com as informações em mãos, orientei a escrita dos poemas em conjunto a partir de um título bizarro, que depois foi descartado, mas indicou o tom dos poemas e a cara da narrativa a ser escrita: ‘Nicolò Zeno ri ao desenhar Frislândia no mapa’. A risada ainda está lá de qualquer forma. O resto é acabamento.”