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Caixa Junho 2023


Sobre a caixa

A caixa de junho inclui Uma volta pela lagoa, de Juliana Krapp, livro de estreia tão aguardado da autora carioca que passeia pelos cantos da memória, dos espinhos do presente e do corpo feminino. Além do livro, há a plaquete Era uma vez no Atlântico Norte, de Cesare Rodrigues, que conta a história da Frislândia, ilha que todos conhecem sem nunca ter ido.

Produtos da caixa

Este livro é a estreia tão aguardada da poeta carioca Juliana Krapp, mas seus versos já circulavam desde início dos anos 2000, quando a autora começou a publicar esparsamente poemas em revistas e antologias no Brasil e em outros países, encantando e desconcertando leitores.

 

Tais poemas, reunidos em Uma volta pela lagoa, se caracterizam pelo jogo entre profusão e contenção de palavras. Mistura atípica, aliada a uma contundência, que deu à poética de Krapp uma dicção singular no panorama da recente poesia brasileira.

 

A esses textos esparsos se somam agora poemas recentes mais longos e com versos que pressionam a palavra contra a margem da página. A profusão aqui se dá de modo mais discursivo e caudaloso, nem por isso menos concentrado e condensado.

 

Imagens como as do coágulo, grumo, gomo e punção são recorrentes nos poemas da autora e elas falam, entre outras coisas, das diversas formas de feridas que historicamente se acumulam sobre os corpos da língua, alvos de violência, como o das mulheres.

 

O poeta Ricardo Domeneck escreve na orelha do livro: “A investigação da autora trabalha com uma linguagem e um corpo específicos, recusando-se a falar como abstrato membro da espécie — sem gênero, sem História, sem dor própria. Ela está sempre atenta ao símbolo que é signo.”

 

Há tempo se esperava um livro com os poemas de Juliana Krapp e agora, com ele em mãos, podemos “colar o ouvido às conchas / procurando / desentranhar um uivo uma fenda uma / possibilidade de voz talvez a única / que ainda ressoe”.

Cesare Rodrigues se revela, nesta plaquete, além de experimentador, um grande contador de histórias, no melhor estilo borgiano. Brincando com as formas, ele oferece ao ouvinte atento aquilo que o ouvinte nem sabia que gostaria de ouvir. E é isso o que se passa com o poema-documentário Era uma vez no Atlântico Norte. Ao selecionar e manejar diversas informações tiradas do Google e da Wikipedia, Cesare relata a história de Frislândia, misteriosa ilha que todos conhecem sem nunca ter ido.

Era uma vez no Atlântico Norte faz parte da nova série de plaquetes do Círculo de poemas. Nela, os escritores são convidados a escolher o mapa de um lugar — real, inventado, desejado — e escrever a partir dele. Os poemas de Cesare são verbetes de uma enciclopédia fantasma, tal qual o mapa em que aparece a Frislândia, de autoria do italiano Nicolò Zeno (1561), que acompanha a edição.

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