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Caixa Dezembro 2022


Sobre a caixa

A caixa de dezembro inclui A previsão do tempo para navios, de Rob Packer, autor inglês que morou no Brasil e escreveu seu livro em português, a partir de boletins meteorológicos para navios transmitidos pela BBC inglesa. Além do livro, há a plaquete exclusiva Rir até os ossos, de Eduardo Jorge, escrita em diálogo com A raia (1728), tela do pintor francês Jean-Baptiste-Siméon Chardin.

Produtos da caixa

Autor

Rob Packer

Rob Packer, poeta inglês em constante deslocamento geográfico, também se desloca por línguas neste A previsão do tempo para navios, escrito originalmente em português. Partindo de boletins meteorológicos para navios transmitidos pela BBC inglesa, Packer faz um cruzamento entre memória e história coletiva.

 

Ao transcrever e traduzir esses boletins, o poeta vai se lembrando de sua infância, de quando os ouvia na rádio, para chegar, pouco a pouco, numa reflexão sobre o colonialismo inglês. Se o Brasil pode parecer distante da questão por não ter feito parte do império britânico, aos poucos o livro opera uma mudança desse ponto de vista, afinal, as tecnologias de navegação, como a que se revela nesses boletins, tiveram um papel determinante no processo de escravização.

 

O autor morou no Rio de Janeiro por oito anos e acompanhou a descoberta arqueológica de um cemitério de escravizados no centro da cidade. De camada em camada de texto, Packer escava a poesia como gênero e, com isso, também a própria língua e a história.

 

Adelaide Ivánova escreve, no texto de orelha, que “o livro de Rob é muito comovente: sendo que comover, do latim commovĕre, significa algo como mover conjuntamente: uma pessoa comovida é alguém que foi retirada do seu estado natural por circunstâncias externas”.

Neste poema, Eduardo Jorge estabelece um diálogo com a tela A raia (1728), do pintor francês Jean-Baptiste-Siméon Chardin. Na natureza-morta de Chardin, a raia se impõe com força: além do corte na barriga, ela traz um riso em seu rosto tão humano. A partir da imagem bastante alegórica, Eduardo Jorge se pergunta: o que haverá se, afinal, abrirem a nossa carne? Seria possível encontrar o riso da raia?

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