Goya, a linha de sutura
(junho 2022)
Sobre a plaquete
Ensaio que analisa a obra do grande artista espanhol, detendo-se mais especificamente na famosa gravura da série de Caprichos: o sono da razão produz monstros (c.1799). Percorrendo vários trabalhos de Goya, bem como uma bibliografia crítica sobre sua obra, a leitura de Vilma Arêas procura entender o caráter contemporâneo da obra do pintor.
Esta plaquete é parte da caixa de junho 2022
- título Goya, a linha de sutura
- autor Vilma Arêas
- Capa Alles Blau
- Páginas 24
- Data da publicação 1/6/2022
Trecho
“Vejamos do que se trata: um homem adormecido está sentado a uma mesa, a cabeça entre os braços, rodeado por animais noturnos, corujas e morcegos. Serão esses os monstros do sonho? Será o sonho intencionalmente visível? Lembramos que o próprio Goya desenhou a si próprio como morcego em Los Disparates n. 15. Em segundo lugar, na gravura final (existem dois esboços anteriores) uma das corujas tenta passar algo como um pincel ou um lápis, ao personagem adormecido. Para acordá-lo? Para inspirá-lo? Não seria impossível a hipótese. Entretanto, no infindável simbolismo sempre contraditório desses animais noturnos, é difícil alimentar certezas (o morcego pode também incorporar a melancolia, a coruja, a sabedoria etc.).”