Caixas

Caixa Novembro 2022


Avise-me quando chegar

Sobre a caixa

A caixa de novembro inclui Garotas em tempos suspensos, da argentina Tamara Kamenszain, poema-ensaio que pensa criticamente o lugar das poetas mulheres na tradição poética. Além do livro, há a plaquete exclusiva Grumixamas e jaboticabas, de Viviane Nogueira, escrita em diálogo com a obra homônima de Estêvão Silva, pintor carioca do século XIX, conhecido por suas naturezas-mortas.

Produtos da caixa

“Eu não sou poetisa sou poeta/ disse a mim mesma uma e mil vezes/ aos vinte anos/ não sou Tamara sou Kamenszain.”

 

“Poeta ou poetisa?”, pergunta a argentina Tamara Kamenszain na abertura deste livro, desdobrando uma série de outros questionamentos em torno do lugar da escrita de autoria feminina dentro de uma tradição literária masculina. “Tamara ou Kamenszain?”, segue ela, levando-nos a pensar na universalidade da pergunta: dizemos Drummond (e não Carlos), Cabral (e não João), mas Cecília (e não Meireles) ou Adélia (e não Prado). Afinal, o que está em jogo quando mulheres escrevem?

 

Último livro publicado em vida pela consagrada autora, escrito nos primeiros meses de confinamento da pandemia, Garotas em tempos suspensos evoca uma série de autoras e autores para fazer uma reflexão contundente não só sobre a escrita, mas também sobre as formas de ler a autoria feminina. Vida privada ou pureza textualista?

 

Sem respostas prontas — buscando, antes, pensar criticamente — Kamenszain chega, com este poema longo e ensaístico, a uma reflexão sobre o próprio tempo da pandemia. Como colocou Edgardo Dobry: “é uma leitura obrigatória para os que se perguntam o que é a poesia do nosso tempo”.

 

Tradução e posfácio de Paloma Vidal e texto de orelha de Bruna Beber.

Neste poema longo, Viviane Nogueira escreve a partir da pintura Grumixamas e jaboticabas, de Estêvão Silva (c. 1844-1891), pintor carioca mais conhecido por suas naturezas-mortas. Ao escrever em diálogo com uma natureza-morta, a autora se coloca como artista diante do objeto: escreve “olhando a natureza-morta”, mas também escreve “com”, “a partir de”, “para”, “através” da natureza-morta. Encenando uma reflexão em torno do gesto de escrita, ela busca dar vida às jaboticabas e grumixamas da tela remontando à própria memória da infância e inscrevendo dentro do poema “as pequenas frutinhas”.

ATENÇÃO

As compras de produto e assinatura são feitas separadamente. Para adicionar o produto em seu carrinho vamos esvaziá-lo primeiro.
Aceitar