Caixas

Caixa Março 2022


Sobre a caixa

A caixa de março inclui Dança para cavalos, de Ana Estaregui, livro novo e tão aguardado da poeta paulista que trabalha com o movimento e a metamorfose das formas a partir de um gesto de observação radical do mundo. E também a plaquete exclusiva Brincadeira de correr, de Marcella Faria, em diálogo com a pintura Hide and Seek, do final do século XIX, do norte-americano William Merritt Chase.

Produtos da caixa

Depois do cultuado Coração de boi (7letras, 2016), Ana Estaregui apresenta agora Dança para cavalos, seu terceiro livro de poemas. Dando continuidade à investigação e fusão com o mundo já presentes em seu trabalho anterior, a poeta intensifica aqui o gesto de flagrar os movimentos e a metamorfose das formas: o corpo, a casa, a gestação, os bichos, as plantas, as atividades domésticas. E convida leitora e leitor a observar as passagens e transformações de tudo o que está ao redor.

Com uma linguagem simples e objetiva, os poemas de Dança para cavalos fazem com que a vida surja como se nomeada pela primeira vez. Seus versos abarcam desde os movimentos mínimos, como o tropismo das plantas, aos movimentos amplos, como a manada de bisões se deslocando.

Nas palavras da poeta Alice Sant’Anna na orelha do livro: “Fruto de uma observação radical e de uma imaginação assombrosa, o livro estabelece aproximações insuspeitas entre a vida doméstica e a vida selvagem. Nesses poemas, a poeta se questiona sobre o que quer dizer ser, aparentar ser e aprender a ser: não há animal que finja ser o que não é.”

Em 2018, Ana Estaregui recebeu, com o original do livro Dança para cavalos, o Prêmio Governo de Minas de Gerais de Literatura na categoria poesia.

Brincadeira de correr, de Marcella Faria, é um poema que estabelece um diálogo com a pintura Hide and Seek (1888), de William Merritt Chase, pintor impressionista norte-americano. Num intenso jogo de luz e sombra, que cria um ambiente misterioso, a tela dá a ver duas meninas, que seriam as filhas do pintor, brincando de esconde-esconde.

Em seus diferentes movimentos, o poema de Marcella Faria, como o quadro, também cria duplos com sobreposições e choque de temporalidades, numa comovente fala endereçada a sua filha Rosa. Como as duas irmãs do quadro, os versos do poema brincam num jogo de esconde-esconde ou de pega-pega, e o companheiro de brincadeira não é ninguém menos que o tempo: “um século quando corre / alcança encosta/ no século mais próximo / e vira século passado / o outro é futuro / começa a correr”.

A plaquete faz parte de uma coleção de poemas em diálogo com imagens anteriores ao século XX.

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