Robert Cornelius, fabricante de lâmpadas, vê alguém

Robert Cornelius, fabricante de lâmpadas, vê alguém, de Carlos Augusto Lima, é um poema em série que dialoga com o daguerreótipo A primeira foto luminosa jamais tirada (1839), do inventor norte-americano Robert Cornelius. A imagem é considerada a primeira selfie da história. O inventor norte-americano do século XIX, além de fotógrafo, foi também fabricante de lâmpadas,...

10.03.2022

Robert Cornelius, fabricante de lâmpadas, vê alguém, de Carlos Augusto Lima

Robert Cornelius, fabricante de lâmpadas, vê alguém, de Carlos Augusto Lima, é um poema em série que dialoga com o daguerreótipo A primeira foto luminosa jamais tirada (1839), do inventor norte-americano Robert Cornelius. A imagem é considerada a primeira selfie da história. O inventor norte-americano do século XIX, além de fotógrafo, foi também fabricante de lâmpadas, sendo o responsável, por exemplo, pela primeira lâmpada de querosene, em 1843.

A partir desses detalhes – a fixação do próprio rosto e a iluminação artificial –, os versos de Carlos Augusto Lima se expandem formando um verdadeiro vórtice de linguagem em que os tempos se chocam e são engolidos. 

Quanto mais se representa o rosto, mais se cria uma desfiguração. Quanto mais se iluminam as coisas, mais os feixes de sombras são projetados. Assim, entre desfiguração e fixação, entre luz e sombra, o poema encara de frente os olhos de Robert e, em meio à fantasmática proliferação de imagens que vivemos hoje, pergunta “quem sou eu?”

A plaquete faz parte de uma coleção de poemas em diálogo com imagens anteriores ao século XX.

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